O gânglio cervical superior (SCG) nos mamíferos varia de acordo com a estrutura etária, o tamanho do corpo, o sexo, a assimetria lateral, o tamanho e o conteúdo nuclear dos neurônios e a complexidade das sinapses e abrangência das árvores dendríticas.
Nos mamíferos de pequeno e médio porte, o número de neurônios aumenta o tamanho desde o nascimento até a idade adulta e, em estudos filogenéticos, variam com o tamanho do corpo. No entanto, estudos recentes em animais sugerem que o maior peso corporal não é, em geral, forma de calcular o número de neurônios. Uma pesquisa realizada na Universidade de São Paulo (USP), com participação de cientistas das universidades Nottingham e College London, no Reino Unido, investigou os padrões de desenvolvimento do sistema nervoso autônomo, representado pelo gânglio cervical superior, em três espécies de mamíferos: ratos, cavalos e capivaras. Aplicando o desenho baseado em ferramentas estereológicos ao nível microscópico de luz para avaliar a composição volumétrica dos gânglios e para estimar o número e o tamanho dos neurônios no SCGs.
“O estudo aponta novas direções para linhas de investigação científica, com enfoque na neuroplasticidade do sistema nervoso autônomo e implicações nos acidentes vasculares cerebrais do tipo hemorrágico, os quais podem ser consequência de distúrbios da inervação simpática da parede dos vasos sanguíneos cerebrais”, disse Coppi.
O artigo completo pode ser acessado (somente por assinantes) na Revista Cell and Tissue Research, v. 341, n. 2, Aug. 2010. Stereological and allometric studies on neurons and axo-dendritic synapses in the superior cervical ganglia of rats, capybaras and horses. Loesch A, Mayhew TM, Tang H, Ladd FV, Ladd AA, de Melo MP, da Silva AA, Coppi AA.
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